#14 Digital Futures Lab — Cidadania
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Fala minhas lindezas climáticas, turopom?
O Digital Futures Lab, capacitação em futuros do FA.VELA, Futuros Inclusivos e UK Brazil Tech Hub (braço de inovação da embaixada do Reino Unido no Brasil) segue a toooopo vapor ❤
Para o décimo quarto encontro, contamos com a presença do Cláudio Nascimento, Head de Aceleração dos ODS na IKONE Global Social League, e Tarcízio Silva, Tech + Society Fellow pela Fundação Mozilla.
Cláudio começou a aula nos provocando:
“Qual é o futuro da cidadania? Ou qual é a Cidadania do Futuro?”
Pensar na cidadania do futuro demanda uma postura ativa! Não podemos aceitar as caixas que a sociedade impõe, temos que hackear o sistema, reverter as estatísticas e ser pessoas inquietas e incomodadas com o lugar que uma sociedade estruturalmente racista deseja nos colocar.
De acordo com Cláudio, é preciso que ressignificar o termo afrodescendente para o termo afroascendente, pois carregamos a ancestralidade, a história e reverberamos a negritude em formato de arte!
Para isso, precisamos criar mecanismos no nosso dia a dia para lidar com diferentes cenários. A reaaaal é que estamos em pleno século XXI e ainda nos deparamos com coisas absurdas! O sofrimento do povo preto é um problema sério e urgente que precisa ser solucionado a partir de um olhar crítico e observador.
A comunidade preta gira uma economia de 87 bilhões de reais. E se a gente parasse de sentir medo e começasse a ditar as regras?
A luta não pode ser vista dissociada dos patriarcais, do ecocídio e do imperialismo. A gente precisa estar fortalecidos, aquilombar e cuidar do coração ❤
Já para a segunda parte da aula, contamos com a facilitação do Tarcísio Silva, que trocou ideia com a gente sobre Inteligência Artificial e Cidadanias do Futuro.
Tarcísio é atualmente Tech + Society Fellow pela Fundação Mozilla e curador na desvelar, promovendo conhecimento sobre tecnologia e sociedade, em especial abordagens antirracistas e afrocentradas.
Pesquisador, mestre em Comunicação e Cultura Contemporâneas pela UFBA e doutorando em Ciências Humanas e Sociais na UFABC, onde estuda racismo algorítmico e imaginários sociotécnicos de resistência. Também é autor do livro Racismo Algorítmico: mídia, inteligência artificial e discriminação nas redes digitais.
Imaginários sociotécnicos: visões de futuros desejáveis mantidas coletivamente, estabilizadas institucionalmente e publicamente performadas, incentivadas por compreensões compartilhadas de formas de ordem e vida social alcançáveis e apoiadas por avanços na ciência e tecnologia.
O grande objetivo dessa pauta é aumentar o debate sobre tecnologia. Não devemos olhar para a tecnologia apenas como consumidores, mas sim como pessoas que podem influenciar os caminhos para uma nova e inclusiva tecnologia, construindo projetos que preenchem as lacunas e resolvam problemas.
Cidadania
É o indivíduo no gozo dos direitos civis e políticos de um Estado.
Se fizermos uma análise crítica, perceberemos que a cidadania está distribuída de forma desigual, sobretudo para as mulheres, pessoas negras e comunidade LGBTQIA+.
E sabe o que é mais doido?
Ao mesmo tempo que essa cidadania é negada, ouvimos o discurso que basta refletir sobre cidadania para se tornar cidadã.
VemkBB, o que faz uma pessoa ser uma pessoa?
“Penso, logo existo? Penso, logo sou?” (René Descartes)
Ubuntu é uma filosofia africana que diz que uma pessoa ganha sua consciência, sua compreensão do mundo exterior e procura seus direitos e seus deveres somente através de outras pessoas.
A inteligência artificial esconde as mentes que programam
O imaginário hegemônico quis ditar algumas regras para a sociedade, como:
- a automação do trabalho é algo inevitável;
- a ciência é desinteressada e laboratorial;
- Há uma neutralidade na tecnologia;
- Mais tecnologia e dispositivos são a solução.
Contudo, esse rolê não é necessariamente REAL. Precisamos questionar quem está ditando as regras e se elas se aplicam, especificamente a nossa realidade.
Na definição relacional, ao invés de ter um pensamento autocentrado, o pensamento é compartilhado e construído de forma coletiva. A propria etica dos intelctuais negros é vincualdos a isso: respeito e reverencia aos mais velhos, principalmente para a agalera de religiões afrobrasileiras.
Nesse sentido, há alguns fatos que precisam ser lembrados:
- Robôs não devem ser o centro do que fazemos;
- Robôs podem gerar discriminações algorítmicas;
- Robôs escondem o trabalho humano!
Tendências pelas cidadanias do futuro:
- Literacia midiática/Computacional (letramento);
- Bases de dados abertas;
- Resgate de conhecimentos;
- Lacunas de dados pela diversidade;
- Programação emergente/ Alternativa;
- Equidade, accountability e transparência;
“Precisamos promover a cidadania construindo inovações em prol da cidadania!” (Tarcísio Silva)
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Amanda Costa é internacionalista, jovem embaixadora da ONU, delegada do Brasil no G20 Youth Summit e fundou o Instituto Perifa Sustentável. Formada em Relações Internacionais, Amanda foi reconhecida como #Under30 na revista Forbes, LinkedIn Top Voices e Creator, TEDx Speaker e atua como vice-curadora no Global Shapers, a comunidade de jovens do Fórum Econômico Mundial.