#12 Digital Futures Lab — Trabalho

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Amanda da Cruz Costa
5 min readMar 17, 2022

Fala minhas lindezas climáticas, bele? :)

Estamos na décima segunda aula do Digital Futures Lab, a capacitação em futuros do FA.VELA, Futuros Inclusivos e UK Brazil Tech Hub, braço da embaixada do Reino Unido responsável pela parte de tecnologia e inovação.

Nossa aula foi facilitada pelo Vinicius de Paula Machado, empreendedor social, sócio-fundador da Decah e devoto da inteligência coletiva.

O Vinicius criou a Decah com o objetivo de ajudar empresas a vivenciarem cocriação como uma plataforma de inovação, educação e relacionamento e hoje esse empreendimento social é reconhecido como uma empresa B que tem como propósito fomentar comportamentos colaborativos para catalisar cultura de inovação social e responsabilidade socioambiental corporativa.

Bem babado né?

Profissionais especialistas em futuro

Grande parte do debate sobre futuros parte de uma perspectiva eurocêntrica, centralizada no olhar masculino e privilegiada. Desse modo, como podemos explorar possibilidades de futuros?

A Decah, empresa do Vini, busca responder exatamente esse questionamento, materializando múltiplas perspectivas e buscando formas para construir futuros possíveis, desejáveis e eventualmente, plausíveis.

Precisamos fomentar uma cultura acolhedora, curativa e plural! É importante sempre colocar o ecossistema no centro do processo, como uma forma de fomentar inovação e até mesmo o desenvolvimento de produtos.

Para isso, podemos utilizar o desenvolvimento de redes e ecossistemas de impacto para cocriar novas pontes, conexões, formatos associativos e arranjos produtivos para geração de valor sistêmico, colocando as partes estratégicas no centro do processo.

“Vamos precisar atuar em rede como forma de sobrevivência.” (Vinicius de Paula Machado)

Estamos fazendo uma transição de redes mais centralizadas para redes mais multi centralizadas ou distribuídas.

Dentro desse universo, uma coisa é fato: não existe metodologia autoral proprietária que resolva problemas complexos sozinha. Com isso, surge o hibridismo metodológico, isto é, uma metodologia que sempre traz múltiplas formas de inovação.

Todo esse sistema é sustentado pela Ética do Cuidado, que é baseada em três valores fundamentais:

  • Saber cuidar;
  • Saber realizar transações em que ambas as partes ganham (jogo ganha-ganha) e
  • Saber conversar.

“O cuidado tem uma dupla função: prevenir danos futuros, reparar e regenerar os danos passados. Esse é o valor do cuidado.” (Bernardo Toro, 2011)

Nesse sentido, falamos sobre três dimensões para alcançar uma jornada coerente e regenerativa:

  • Empreendedor: é o indivíduo, ativista ou inovador social.
  • Estratégias de engajamento: como trazer novas tendências para as organizações.
  • Propósito da jornada: a substância que você quer tocar dentro do seu enredo.

Essa imagem parece o caos, né?

Mas não só parece, como realmente é! Vamos passar por um processo onde a vida como a gente conhece vai mudar. E olha que nem conseguimos calcular os danos psíquicos que os últimos anos pandêmicos causaram na humanidade!

  • Apocalipsotimista: alguém que sabe que vai dar merda, mas segue acreditando que tudo dará certo no final e que assume o risco para cocriar futuros melhores.

“Amo aqueles que plantam árvores mesmo sabendo que nunca se sentarão em sua sombra. Plantam árvores para dar sombras e frutos para aqueles que ainda não nasceram.” (Rubem Alves)

Precisamos encontrar um equilíbrio dinâmico para navegar entre ordem e caos. Nossos futuros estão sendo influenciados pela tecnologia, portanto, é importantíssimo que a gente se sinta cada vez mais confortável em navegar por temas como esse.

“Todo o conhecimento humano começou com intuições, passou aos conceitos e terminou com ideias.” (Isaac Asimov)

Os futuros possíveis precisam ter uma bússola humanizada que traga discussões éticas dentro desse processo de evolução. O Fórum Econômico Mundial elencou as 10 principais competências atée 2025:

  1. Capacidade de pensamento analítico e inovação;
  2. Aprendizagem ativa e técnicas de aprendizagem;
  3. Resolução de problemas complexos;
  4. Capacidade de pensamento crítico e analítico;
  5. Criatividade, originalidade e iniciativa;
  6. Liderança e influência social;
  7. Uso de tecnologia, monitoramento e controle;
  8. Design de tecnologia e programação;
  9. Resiliência, tolerância ao estresse e flexibilidade;
  10. Raciocínio, resolução de problemas e ideação.

Se a tecnologia pode fazer quase tudo, o que de fato iremos fazer?

Entre a complexidade e a simplicidade, vamos desenvolver a poesia que nos permita viver :)

“Para superar a pobreza e as falhas da crise econômica em nossa sociedade, precisamos imaginar nossas relações sociais. Temos que liberar nossa mente, imaginar o que nunca aconteceu antes e escrever essa ficção social. Precisamos imaginar coisas para que aconteçam. Se você não imaginar, isso nunca acontecerá.” (Yunus)

Precisamos ter a ousadia de imaginar coisas, porque se não, elas nunca vão acontecer.

O líder do futuro é aquele que sabe fazer boas perguntas

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Amanda Costa é internacionalista, jovem embaixadora da ONU, delegada do Brasil no G20 Youth Summit e fundou o Instituto Perifa Sustentável. Formada em Relações Internacionais, Amanda foi reconhecida como #Under30 na revista Forbes, LinkedIn Top Voices e Creator, TEDx Speaker e atua como vice-curadora no Global Shapers, a comunidade de jovens do Fórum Econômico Mundial.

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Amanda da Cruz Costa
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Written by Amanda da Cruz Costa

#ForbesUnder 30 | Conselheira Jovem da ONU | Dir. Executiva do Perifa Sustentável

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