#05 Digital Futures Lab
Fala minha lindeza climática, bele? :)
A formação do Digital Futures Lab desenvolvida pelo FA.VELA, Futuros Inclusivos e UK Brazil Tech Hub (departamento da Embaixada do Reino Unido) está babado! To amando ser treinada para liderar iniciativas em futuros, aprendi que até um nome chyyyque para a galera que desenrola esse trampo: Head de Futuros.
Além de nos ensinar a desenhar como serão os próximos anos, a nossa formação traz como base uma lógica ancestral e popular, valorizando o conhecimento periférico e dos nossos antepassados.
Esse é o momento de experimentar novas tecnologias e ver como isso afetará a realidade. E nós somos brasileiros, ou seja, temos como principal característica a criatividade, que é um dom divino para criar, incrementar e transformar! 😝
“Precisamos pensar em futuros através da perspectiva circular, sistêmica e tendo em mente que nossos recursos são finitos!” (João Souza)
Dimensões de futuros
De acordo com a consultoria Futuros Inclusivos, a construção de futuros passa por 9 dimensões:
1. Futuro no trabalho
- De que maneira podemos adotar práticas de trabalho que sejam mais inclusivas e menos precarizadas?
O digital está moldando novos formatos no mundo digital. Mas quem será que está usufruindo dessa nova realidade de maneira adequada?
Precisamos pensar como serão as relações formais e informais de trabalho, principalmente para não naturalizar o fato de que algumas pessoas estão literalmente se matando de trabalhar, sofrendo com diversas doenças psicossomáticas, como depressão, ansiedade, crise do pânico, burn out e muitas outras.
2. Futuro na educação
- Todos os indivíduos podem ser criadores de tecnologias e saberes. Como incluir todas as pessoas no acesso ao conhecimento?
A transformação digital impactou o mundo da educação em vários níveis. Mas será que a educação formal em escolas e universidades é a única forma de adquirir conhecimento?
Óbvio que não!
Já temos alguns modelos de escola livre, fundamentadas na educação não formal e na aprendizagem autodirigida. Contudo, essa realidade ainda não conversa com muitas áreas do mercado. Quer ver?
Quando o mercado demanda que as pessoas sejam contratadas, a maioria das organizações exigem um currículo todo pomposo, cheio de cursos, pós-graduação e mestrado em faculdades tradicionais (principalmente nas áreas de engenharia, medicina e direito).
Todavia, quando pensamos no futuro na educação, queremos construir um ecossistema que possa absorver profissionais que estejam à frente do seu tempo, aquela galera que está olhando para o empreendedorismo social, mobilização de grupos e fomentando uma transformação plural, diversa e multifacetada.
“Olhe menos o diploma e mais para experiências.” (João souza)
3. Futuro na economia
- Como tornar economias emergentes da era digital mais inclusivas?
O dinheiro enquanto tecnologia social permite que ativos culturais, sociais e territoriais se tornem também ativos econômicos.
Os algoritmos, dados e a criptografia estão proporcionando uma grande revolução, mas imagina o que ainda pode acontecer com o avanço do metaverso.
Admito qur pensar em tuuudo isso me causa um pouquinho de medo! Mas escolhi trocar esse sentimento pela curiosidade em aprender. Ainda não sei muito bem como vai ser, mas estou comprometida em fazer parte da construção desse futuro ❤
4. Futuro nos territórios
- Quais barreiras territoriais impedem a existência de uma sociedade mais justa e igualitária?
A gente tem uma lógica de território muito ligada a terreno, barraco, periferias, favelas e comunidades. No entanto, o território pode ser analisado como uma construção cultural na perspectiva antropológica.
Ex: um grupo, quando finca suas raízes e começa a produzir um modo de vida, cria um território.
Que tal pensar território como cidade, estado e até mesmo um país? Os territórios funcionam como plataformas que desenvolvem indivíduos para serem agentes transformadores da sociedade, desse modo, que ações podemos desenvolver para construir relações afetivas, propositivas e empáticas com o nosso meio?
5. Cidadania no futuro
- O que será necessário para existir no futuro?
É urgente pensar formas para garantir o acesso à manutenção dos direitos de forma igualitária entre indivíduos, pois a sociedade digital já está excluindo as pessoas mais vulneráveis ao acesso à cidadania básica.
Se liga nos questionamentos que estão borbulhando no meu coração:
- O que vai acontecer num futuro que está cada vez mais digital?
- São os governos e empresas os responsáveis por construir esse lugar?
- Como criar resistência na perspectiva das periferias das cidades?
- Teremos eleições dentro do metaverso?
Algumas pessoas já estão pensando nessas respostas, isso é fato! Para garantir a sobrevivência dos nossos, precisamos nos tornar agentes de transformação e também protagonizar esse rolê.
6. Futuro na diversidade
- Como pensar ambientes em que a diversidade e a inclusão sejam pilares essenciais?
Nos tempos atuais, falar de diversidade virou modinha das empresas, mas isso não é um assunto novo! A diversidade está presente na natureza desde o surgimento das primeiras bactérias.
Me diga, querido leitor: o que será que houve de tão errado na sociedade que passou a “filtrar” pessoas que seriam detentoras de mais direitos e oportunidades? E já que isso é uma realidade, oque podemos fazer para transformar esse rolê?
7. Futuro na inovação social e tecnologia
- De que forma podemos explorar a tecnologia para garantir qualidade de vida das pessoas vulnerabilizadas?
A transformação digital está refletida em negócios de impacto e possibilita o desenvolvimento de plataformas e produtos que agregam valor social. Desse modo, como o impacto social pode ir além do assistencialismo e promover impacto de maneira inovadora?
Uma possibilidade de caminho é questionando o status quo e promovendo o diálogo:
- O que é tecnologia?
- Quem está pensando em tecnologia?
- Para quem os especialistas estão criando tecnologia?
Está na hora de ressignificar esse conceito, tirar do lugar elitizado e popularizar as narrativas. A real-oficial é que tudo pode ser chamado de tecnologia, até a forma de contar uma história.
8. Futuro na alimentação
- O que é segurança alimentar e como aumentá-la por meio de tecnologias inclusivas de produção de alimentos?
Hoje vivemos em grandes metrópoles com alto consumo de alimentos e muuuuuuito desperdício. Precisamos pensar em como alimentar a população com qualidade, combater a insegurança alimentar e melhorar a relação com o meio ambiente. Isso será essencial para garantir um futuro sustentável.
9. Head de futuros
- Como garantir que lideranças construam futuros diversos e inclusivos dentro de seus grupos de atuação?
O Head de Futuros é uma nova profissão com nome chyyyque que pensa em possibilidades de futuro, uma dimensão focada no desenvolvimento de líderes para serem agentes de transformação para seu grupo ou território.
Mas será que a galera da quebrada tem acesso a esse role?
Caso negativo, o que é necessário fazer para permitir que as novas lideranças periféricas tenham espaço nessa transformação? Me conta nos comentários :)
Recomendações:
Vídeo Jovens de Negócios: O que é metaverso? A tecnologia vai acabar com a humanidade (como conhecemos)
Amanda Costa é ativista climática, jovem embaixadora da ONU, delegada do Brasil no G20 Youth Summit e fundou o Instituto Perifa Sustentável. Formada em Relações Internacionais, Amanda foi reconhecida como #Under30 na revista Forbes, LinkedIn Top Voices e Creator, TEDx Speaker e atua como vice-curadora no Global Shapers, a comunidade de jovens do Fórum Econômico Mundial.