#12 Young Leaders Program
Chegou hoje? Leia artigos #01, #02, #03, #04, #05, #06, #07, #08, #09, #10 e #11 artigos.
Olá meu chazinho de erva doce orgânico :)
Estamos no penúltimo encontro do Young Leaders Program, um dos melhores treinamentos para jovens lideranças do Brasil, desenvolvido pelo Instituto Anga e facilitado principalmente pelo Augusto Júnior.
Essa intensa formação passou pelos 4 tipos de liderança:
- De si: autopercepção, autoconsciência e inteligência emocional.
- De Outros: a capacidade de liderança será determinada pela nossa capacidade de escuta, vulnerabilidade e influência.
- Organização: líderes que de fato geram pontos de acupuntura na organização, capacidade de entrega, inteligência cognitiva, inovação, cultura organizacional.
- Sociedade: fazemos parte de um todo, algo muito maior.
“Sucesso significa que só vai ser bom, quando estiver bom para todo mundo.” (Augusto Junior)
Mas bom, agora booora para o tema. Nesse encontro recebemos a Jacira Monteiro, que nos deu UMA AULA sobre Racismo Cultural. Olha só quem é essa mulher:
Jacira fez uma contextualização histórica e social sobre a questão racial no Brasil e a inserção dos negros no mercado de trabalho. Sabemos que a escravidão ainda é vigente e funciona a partir de uma ideologia preconceituosa que coloca pessoas pretas em constante lugares de inferioridade e subserviência na nossa sociedade.
Bora conhcer alguns fatos sobre a escravidão?
- No Brasil a escravidão durou mais de 400 anos (nossa nação teve o mais longo periodo da escravidão moderna).
- Foram trazidos de 4 a 5 milhões de negros escravizados para o Brasil.
- A quantidade de escravizados que foram trazidos ao Brasil era maior que os que foram levados aos EUA (cerca de 400 mil) e as outras colônias (holandesa, francesa e espanhola) também levaram menos escravizados que o Brasil.
- Eram trazidos predominantemente homens: força braçal.
- A fertilidade das mulheres escravizadas era baixa, devido às condições impostas (maus tratos, trabalho forçado e desgastante).
- Das mulheres férteis, usava-as na “maternidade dos escravos”.
- O negro era considerado “mercadoria” civilmente e legislativamente (eram vendidos nos mercados). Isso significa que essas pessoas eram objetificadas.
A escravidão foi justificada de váaaarias formas, como:
- Moralmente: branco como superior ao negro eticamente.
- Biologicamente: negro tem menos capacidade que o branco.
- Teórica e pseudocientificamente: estudos falsos de craniometria.
- Religiosamente: negros foram criados por Deus para serem subjulgados e escravizados.
Apesar desses argumentos absursos, a escravidão foi mantida por muito tempo no Brasil. Foi apenas no dia 13 de maio de 1888 que ocorreu a abolição na nossa nação, mas feito de um modo suuuuper irresponsável: não houve políticas de integração dos negros na sociedade brasileira!
“Racismo é a falha coletiva de uma organização em fornecer um serviço apropriado e profissional às pessoas em razão da sua cor, cultura ou origem étnica. Ele pode ser visto ou detectado em processos, atitudes e condutas que resultam em discriminação por meio de preconceito, ignorância, insensatez e estereotipação racista involntária que desfavorecem pessoas de uma minoria étnica.” (The Stephen Lawrence Inquiry)
A real-oficial é que o racismo está enraizado no sistema, isto é, o funcionamento governamental da nossa sociedade. Além do mais, ele também está enraizado e naturalizado nos comportamentos e expressões sociais, culturais e institucionais da sociedade.
Pegou a visão?
Então agora que estamos alinhados, quero deixar uma coisa bem escura: o racismo está impregnado nas estruturas da nossa sociedade, e desse modo, também é reproduzido nos ambientes empresariais e corporativos!
Portanto, precisamos ter uma postura ativa na promoção de uma realidade diversa, inclusiva e antirracista em todos os locais nos quais estamos inseridos.
Sentiu o chamado, né? Conto contigo para a construção de um mundo mais justo, plural e responsável ❤
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Amanda Costa é ativista climática, jovem conselheira da ONU, delegada do Brasil no G20 Youth Summit e fundou o Instituto Perifa Sustentável. Formada em Relações Internacionais, Amanda foi reconhecida como #Under30 na revista Forbes, LinkedIn Top Voices e Creator, Global Shaper (Fórum Econômico Mundial), TEDx Speaker e hoje atua como apresentadora do #TemClimaParaIsso? um programa sobre crise climática.