#06 Jovens Embaixadores da ONU

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Amanda da Cruz Costa
5 min readSep 14, 2020

Fala galeeeera, belê?!

Chegamos ao encontro 4A — Paz, do Programa Jovens Embaixadores da Juventude da UNODC 🎉

Dessa vez, recebemos a missão de fazer a leitura prévia de 3 documentos, com o intuito de aprofundarmos nosso repertório teórico sobre o ODS 16 — Paz, Justiça e Instituições Fortes.

Ao mesmo tempo que essa atividade foi estimulante, também me senti meeeeega desafiada! O meu foco de pesquisa é o ODS 13 — Combate às Alterações Climáticas, então pode-se imaginar que a temática proposta me arrancou da zona de conforto, me apresentou um novo universo e pude compreender parte da complexidade de estudar Juventudes e Segurança Pública.

“Segurança pública é um direito dos cidadãos e responsabilidade de todos. A tarefa de promover a segurança pública deixa de ser voltada para a defesa do Estado e volta-se para o cidadão.” (Projeto Juventude e Prevenção da Violência — Instituto Sou da Paz)

Precisamos transbordar os temas: está na hora da segurança pública ocupar um espaço de debate público! Já que o modelo tradicional usado pelos policiais não está sendo efetivo, é imprescindível rever a rota e adotar um novo caminho, como a adoção do policiamento comunitário, estratégias para conhecer os moradores e formações específicas para guardas e policiais lidarem com determinados públicos.

“É importante pensar em projetos que possibilitem a abertura de canais para o diálogo.” (Projeto Juventude e Prevenção da Violência — Instituto Sou da Paz)

Pessu, apenas ações repreensivas para enfrentar a criminalidade NÃO FUNCIONAM! Precisamos investir em ações preventivas que fomentem o apoio mútuo do policial com a população, pois assim freduziremos significativamente todas as formas de violência (meta 16.1).

Está na hora de abandonar o estereótipo do jovem como uma ameaça, um risco à estabilidade, ou um problema do meio, e enxergá-lo como um sujeito de direitos, que tem o poder de catalisar a mudança social.

Os jovens têm o poder criativo para superar problemas!

Para jogar um pimentinha nos nossos pensamentos, tivemos a presença de 3 convidados arrasadores, que compartilharam suas perspectivas em relação ao acesso à justiça, segurança pública e a promoção de uma sociedade mais pacífica.

Juventude e polícia. Como estaremos em 2030?

Nossa primeira convidada foi a Samira Bueno, Diretora Executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. A Samira apresentou a sociedade como uma esfera extremamente violenta e opressora, tanto para os jovens quanto para os próprios policiais:

“O padrão operacional da polícia é questionável: a polícia paulistana é a que mais mata e a que mais morre.” (Samira Bueno)

Enquanto a função do policial é manter a ordem, o jovem é conhecido historicamente por desafiar o status quo e propor uma nova realidade, desafiando a ordem vigente de forma ousada e disruptiva. Desse modo, é essencial que haja um espaço institucional para que o diálogo ocorra, possibilitando a presença da Sociedade Civil na construção e no aperfeiçoamento de políticas pública.

“É necessário que haja uma construção de diálogo entre as partes, para que todos aprendam a lidar com o diferente e a se colocar na posição do outro.” (Maria Eduarda Couto)

Já o Nivio Nascimento, coordenador da UNODC, apresentou a dificuldade de diálogo entre jovens e policiais. O desafio repousa na impossibilidade de padronizar essa relação, pois esta é diversa e depende de cada região, estado e país.

No entanto, precisamos pensar em estratégias que viabilizem esse processo, a fim de achar um equilíbrio entre as tradições seculares de controle social e o enfrentamento da ordem.

Uma democracia verdadeira abre espaço para o questionamento e novas proposições. (Nivio Nascimento)

Por fim, a Maria Eduarda Couto, Embaixadora UNODC, relatou a dificuldade do Estado em se responsabilizar pela segurança pública. O enfrentamento a violência é um trabalho de todes, mas é imprescíndivel que haja informação, integração e, acima de tudo, uma segurança pública pautada na garantia dos direitos dos cidadãos.

Apesar do cenário está horripilante, não podemos ficar parados! Uma das possibilidades de engajamento nessa temática é através da criação de lugares de debates públicos e ocupação de espaços institucionais. Muitos jovens já reconheceram seu papel social e decidiram ressignificar seus caminhos, adotando uma postura analítica, provocativa e propositiva.

E você, faz parte desse grupo?

Para você ficar ligadinhe:

  • Polícia Militar: Realiza o policiamento ostensivo uniformizado. Tem caráter essencialmente preventivo, partindo do pressuposto de que sua presença ostensiva inibe as ações criminais e de desordem pública.
  • Polícia Civil: Atua depois do evento ocorrido, no registro e na investigação dos crimes cometidos. É repressiva, pois opera no pós-fato, sobre as consequências das ações em sua investigação.
  • Guarda Municipal: Protege os bens e equipamentos públicos. A Guarda está sempre nas ruas e tem uma vocação para realizar um trabalho de proximidade e proteção à população.

[Aguarde os próximos textos]

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Ecofeminista antirracista atuante em temas globais. Formada em Relações Internacionais, Amanda empreende o PerifaSustentavel, é colunista da Agência Jovem de Notícias e atua como mobilizadora de redes do Youth Climate Leaders. Entusiasta pela Agenda 2030, tem o objetivo de mobilizar jovens para construírem um Brasil inclusivo, colaborativo e sustentável, através das redes Engajamundo, Global Shapers Community e United People Global.

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Amanda da Cruz Costa
Amanda da Cruz Costa

Written by Amanda da Cruz Costa

#ForbesUnder 30 | Conselheira Jovem da ONU | Dir. Executiva do Perifa Sustentável

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