#05 Muvuca — Racismo Ambiental
Olá meu kibe vegetariano com molhinho de tomate caseiro, turopom?
Estou mega contente com a oportunidade de compartilhar o conteúdo baphônico que estou aprendendo no Muvuca, o programa de ativismo climático do NOSSAS!
Para o encontro sobre Racismo Ambiental, contamos com a facilitação da maravideusa Gabriela Vicente, mestranda em Segurança e Defesa Civil e Assessora Técnica no Centro de Promoção da Saúde.
De acordo com Gabi, Racismo Ambiental pode ser caracterizado como um problema de saúde pública, sendo a distinção étnica do acesso a ambientes saudáveis. O termo nasceu em 1982, com o Reverendo Benjamin Franklin Chaves Júnior, durante sua prisão num ato pacífico em favor de vidas negras sob o risco de contaminação por conta de um aterro químico de Bifenilpoliclorado, no estado da Carolina da Norte, nos EUA.
“Racismo Ambiental é a discriminação racial no ataque deliberado às comunidades étnicas e minoritárias por meio de sua exposição à locais e instalações de resíduos tóxicos e perigosos, juntamente com a exclusão sistemática de minorias na elaboração, cumprimento e reparação das políticas ambientais.” (Reverendo Benjamim Chaves)
Já o termo Justiça Ambiental nasceu em 1987, quando um relatório científico foi divulgado pelo Comitê para a Justiça Racial da Igreja Unida de Cristo denunciando as ligações entre a degradação ambiental e a discriminação racial. Esse estudo utilizou dados estatísticos para demonstrar que a localização de aterros sanitários com resíduos tóxico coincidia com a das comunidades de negros, hispânicos e asiáticos.
“A luta anti-racista precisa estar relacionada com a defesa do meio ambiente!” (Gabriella Vicente)
Vemk bb, você sabe o que é injustiça ambiental???
A injustiça ambiental resulta da lógica perversa de um sistema de produção, de ocupação do solo, de destruição de ecossistemas, de alocação espacial de processos poluentes, que penaliza as condições de saúde da população trabalhadora, residente de bairros pobres e excluída pelos grandes projetos de desenvolvimento.
Racismo e injustiça ambiental fazem parte de um projeto de necropolítica!
A necropolítica é mais do que o direito de matar, é o direito de expor grupos minoritários à morte! No Brasil, esse tema pode ser encarado como um plano da supremacia branca para eliminar todas as “mazelas” que acompanham os povos minoritários, como a fome, a pobreza e a prórpia desigualdade.
“A necropolítica beneficia o próprio estado. É muito fácil matar preto e pobre!” (Frances Andrade)
Atualmente diversas injustiças continuam sendo reverberadas, tais como:
- A aprovação do PL 490/2007, que altera a legislação da demarcação de terras indígenas e pode extinguir as comunidades originárias do Oeste do Pará.
- A exploração de Sal-gema pela petroquímica Brasken, que afetou famílias de quatro bairros de Maceió, município e Alagoas.
- O Projeto de Lei 2611/2020 (PL da Grilagem), que ameaça os biomas da Amazônia e do Cerrado e suas populações tradicionais.
Querido leitor, eu sei que esses temas são incômodos, mas eu quero te convidar para utilizar esses sentimentos como um despertar para a ação! Está na hora de nos posicionarmos contra o ecocídio do atual governo, compreender as pautas socioambientais e nos engajarmos politicamente em prol da vida.
Posso contar contigo? ❤
Formada em Relações Internacionais, Amanda empreende o PerifaSustentavel, é apresentadora do Direto da Base, colunista da Agência Jovem de Notícias e do Um só Planeta. Liderança Forbes Under 30, Amanda tem o objetivo de mobilizar jovens para construírem um planeta inclusivo, colaborativo e sustentável, através das redes Embaixadores da Juventude da ONU, Global Shapers Community e United People Global.