#02 O ano em que a minha vida mudou
Quem é a jovem de sorriso largo que está na #ForbesUnder30?
De um ano para o outro, passei a ser convidada para webinars, podcasts, e diveeeeersas entrevistas… Num desses eventos, fui entrevistada pelo Caze Pecini e pelo Matthew Shirts e abordei pautas relacionadas ao ativismo de jovens em temáticas socioambientais.
Matt ficou deslumbrado! Me contou sobre o Fervura no Clima e perguntou se eu gostaria de co-criar um projeto com ele, trazendo a pauta climática com ciência, humor e arte.
Um mix de questionamentos vibraram dentro de mim:
- Eu posso trabalhar com o que eu amo?
- O trabalho não precisa ser algo sério, chato e enfadonho?
- Não preciso entrar numa grande multinacional e seguir um plano de carreira para ter sucesso?
“Aceitar que eu mereço uma vida prazerosa e abundante, trabalhando com o que EU escolher, não é apenas uma história bonita e inspiradora. Esse posicionamento é um ato de emancipação política!”
De repente, a minha carreira foi acelerada
A visibilidade me permitiu ocupar outros espaços, atraindo a atenção de ONGs, universidades, mídia e empresas…
Passei a receber convites de grandes organizações para palestrar, dar pitacos em projetos e participar de cafés virtuais para falar sobre inclusão, diversidade e sustentabilidade. Dividi essa nova realidade com as meninas do YCL e ouvi a seguinte frase:
Amandinha, isso o que você está fazendo é mentoria e consultoria gratuita!
Queridos, eu realmente pensava que estava arrasando lindamente recebendo todos esses convites… Contudo, eu era apenas uma jovem iludida e explorada pelo sistema capitalista de supremacia branca!
Depois de refletir profundamente, decidi me posiconar no Insta:
Fiquei chocadíssima com o número de pessoas que se conectaram com o que eu trazia, pois viveram situações similares e se viram sufocadas numa lógica de exploração do trabalho intelectual.
A Dre, uma amiga querida, teve a ideia de me conectar com a Egnalda Cortes e fez o seguinte comentário no meu post:
Marquei um café virtual com a Egnalda e tive um choque de realidade! Ela disse que as minhas “““““atividades voluntárias””””” estavam corroborando para a exploração e subordinação do povo preto, trazendo legitimidade para que as práticas neocolonialistas contiuassem reverberando na nossa sociedade.
Fui apresentada a Cortes Companhia, a primeira agência de Creators Negros da América Latina, e percebi que o conhecimento preto e periférico tem um valor alto e precioso no mercado!
Você sabia que influenciadores brancos cobram 2k, 5k, 10k por tweets, post ou palestra?
E por que essas informações não chegam na quebrada?
Enquanto a Egnalda falava, meus olhos brilhavam! Essa mulher tem o dom de equilibrar força, estratégia, humildade, empatia e assertividade de uma maneira única e bemmm potente!
Não tive muito tempo para digerir, pois logo em seguida entrei numa reunião com o Gui Franco, meu parceiro de curadoria do Global Shapers (Comunidade do Fórum Econômico Mundial).
Gui me ajudou a aterrissar, disse que estava feliz em acompanhar os primeiros movimentos da “Amanda enquanto marca”.
Essa frase ecoou no meu coração… EU SOU UMA MARCA?
Após essa conversa, mandei mensagem em um grupo de influenciadores pretos perguntando se alguém já teve contato com agência e toparia trocar ideia comigo. O Levi, criador de conteúdo do Site Mundo Negro, respondeu prontamente e falamos por telefone.
Foi durante essa conversa que a minha cabeça explodiu! [Leia a parte 03]
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Formada em Relações Internacionais, Amanda empreende o PerifaSustentavel, é colunista da Agência Jovem de Notícias, podcaster do Direto da Base e atua como mobilizadora de redes do Youth Climate Leaders. Liderança Forbes Under 30, Amanda tem o objetivo de mobilizar jovens para construírem um planeta inclusivo, colaborativo e sustentável, através das redes Embaixadores da Juventude da ONU, Global Shapers Community e United People Global.