#01 Jovens Embaixadores da ONU

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Amanda da Cruz Costa
6 min readAug 12, 2020

Eii mana, você conhece o Programa Jovens Embaixadores da Juventude?

Tudo começou em 2016, numa parceria babadeira entre a UNODC (Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes) e o Instituto Caixa Seguradora, com o objetivo de capacitar jovens entre 18 e 25 anos para atuarem como multiplicadores dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) no Brasil e no mundo!

Além de uma formação marabrilhosa sobre a Agenda de Sustentabilidade da ONU, o Programa é uma plataforma de inserção da juventude em espaços de debate e tomada de decisão, tanto locais quanto globais.

Chiquérrrrrrrrimo, não acha?

Atualmente a rede conta com 101 jovens multiplicadores dos ODS! Dá uma espiadinha no Insta.

Por conta do #Coronga, essa edição está acontecendo no universo virtual. São 11 encontros com 2 horas de duração, onde um grupo de 25 pessoas têm a oportunidade de ensinar e compartilhar, num espaço seguro de aprendizagem colaborativa.

Você tem interesse em debates globais que geram impactos locais? Olha só oque aprendemos no 1º encontro:

A famosíssima ONU

Muitos xófens sonhadores tem a meta de trabalhar na ONU, mas poucos conhecem sua história!

Antes da ONU nascer (1945), a Liga das Nações foi fundada em 1920, com o objetivo de viabilizar uma reparação econômica dos países que perderam a 1º Guerra Mundial para os vencedores.

É óbvio que essa estratégia deu muito ruim e a Liga das Nações FRACASSOU! O resultado foi catastrófico: a humanidade entrou na 2º Guerra Mundial.

Depois de diversas batalhas, mortes, bombas nucleares e um mundo polarizado numa Guerra Fria, A ONU é criada em 1945, com a assinatura da Carta das Nações Unidas, durante a Conferência de São Francisco.

A missão da ONU é promover a paz, segurança e evitar os flagelos da Guerra. (Rodrigo Araujo, UNODC)

Hoje vivemos num contexto beeeeem diferente, onde as guerras entre Estados foram substituídos por indiretas mimadas (EUA e China 🙄), pressões econômicas, guerras intraestatais (países que guerreiam contra os próprios civis) e um processo profundo de globalização, que resultou num mundo interdependente e hiperconectado.

Mesmo em meio a taaaaantas incertezas, podemos buscar caminhos para assegurar a manutenção da paz. Um desses caminhos é garantir o desenvolvimento.

Mas vemk baby, qual é a SUA definição de desenvolvimento?

A polaridade da Guerra Fria intensificou inúmeras mazelas sociais, como:

  • Pobreza e a fome;
  • Desigualdades;
  • Problemas ambientais;
  • Índices de Analfabetismo.

Os países do norte global acreditavam que o desenvolvimento precisava ser feito em etapas, e por isso criou uma agenda Guia, batizada de Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), para que os países do sul global pudessem resolver seus principais desafios sociais, políticos e ambientais.

Não houve uma leitura individualizada de como esses objetivos poderiam ser desenvolvidos, mas sim uma leitura dos países desenvolvidos “”””ajudando”””” os países emergentes a progredirem. (Rodrigo Araujo, UNODC)

Apesar de toda visão colonial imposta sobre os países em desenvolvimento, o Brasil lacrou no rolê e conseguiu diversos resultados satisfatórios:

  • Redução da Pobreza extrema;
  • Aumento na taxa de alfabetização;
  • Redução da Mortalidade Infantil;
  • Redução do desmatamento da Amazônia;
  • Aumento de mulheres em empregos formais.

Maaaaas nem tudo deu match perfeito!

A Agenda dos ODM não conseguiu combater o desmatamento, houve uma intensificação da crise climática e um aumento dos índices de mortalidade infantil.

Para resolver esses perrengues globais, o bonde ONU e seus parças (Estados-membros) decidiram revisar o Relatório Brundtland — Nosso Fututro comum na Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD) e definiram desenvolvimento como um processoque satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades” (Gro Harlem Brundtland, ex-primeira ministra da Noruega).

Essa ressignificação de sustentabilidade induziu os líderes mundiais a se encontrarem novamente em 2012, dessa vez na Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).

Esse encontro resultou no documento “Transformando Nosso Mundo: A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”, que é um plano de ação global onde TODAS as nações estão comprometidas a atingir os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, tendo os 5ps como base:

Pessoas: acabar com a pobreza e a fome;

Planeta: Proteger o planeta da degradação;

Prosperidade: Assegurar que todos os seres humanos desfrutem uma vida próspera;

Paz: Promover sociedades pacíficas, justas e inclusivas, livres do medo e da violência.

Parceria: Os países estão comprometidos a mobilizar todos os meios necessários para implementar a Agenda, por meio de uma parceria global que inclui: Sociedade Civil; Setores Privados; Governo (Federal, estadual e municipal).

A Agenda 2030 possui 4 eixos:

Visão e princípios:

  • Abordagem de Direitos Humanos;
  • Soberania Nacional;
  • Inclusão e Participação;
  • Objetivos são importantes para todes;
  • Os objetivos somente fazem sentido JUNTOS;
  • Lema: Não deixar ninguém para trás.

Quadro de ação:

  • São os 17 ODS integrados, indivisíveis e interligados

Implementação:

  • Depende da solidariedade global;
  • Parcerias entre governos, setor privado, sociedade civil, ONU e outros atores;
  • Responsabilidades de cada país, cidade e município.

Acompanhamento:

  • Monitoramento das 169 metas e dos 247 indicadores

Mas o desafio não para por aí! Você já se perguntou qual é o SEU papel na implementação da Agenda?

[Aguarde os próximos textos :]

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RECOMENDAÇÕES:

Quer saber como está a implementação dos ODS no seu município? Dá uma olhada na Mandala Municipal da Confederação Nacional dos Municípios (CNM).

Deseja ter uma visão completa da implementação dos ODS em Terras Brasilis? Leia o Relatório Luz sobre a Agenda 2030 no Brasil — 2020

Sabe que ONU te aguarda, quer treinar o inglês ao mesmo tempo que se aprofunda na Agenda 2030? Assista o Launch of the Civil Society Spotlight Report on the 2030 Agenda. (A minha fala é dos 14min10s até 22min50s)

Ecofeminista antirracista atuante em temas globais. Formada em Relações Internacionais, Amanda empreende o PerifaSustentavel, é colunista da Agência Jovem de Notícias e atua como mobilizadora de redes do Youth Climate Leaders. Entusiasta pela Agenda 2030, tem o objetivo de mobilizar jovens para construírem um Brasil inclusivo, colaborativo e sustentável, através das redes Engajamundo, Global Shapers Community e United People Global.

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Amanda da Cruz Costa

#ForbesUnder 30 | Conselheira Jovem da ONU | Dir. Executiva do Perifa Sustentável