Qual futuro estamos construindo?
Reflexões do livro “O futuro da humanidade”, de Augusto Cury
“Tenho sangue de aventureiro, a irreverência de um filósofo e o desprendimento de um poeta. Sou uma andorinha nos solos da vida. Sou uma exploradora de mundos.” (Augusto Cury)
Oláaaa meu pãozinho de brioche com húmus de beterraba, bele? :)
Eu estou maravilhosa, escrevendo essa reflexão em frente a uma piscina de borda infinita numa cobertura lindíssima em João Pessoa.
Para quem vive na correria loooouca de São Paulo, a descrição acima até parece um sonho distante, rotina de quem já alcançou a tão almejada sustentabilidade financeira ou a realidade da galera ryyyyca sudestina que gosta de passar as férias no Nordeste.
Apesar de eu não me encaixar em nenhuma das três opções (ainda rs), essa vista se tornou um marco: ela faz parte do que estou vivendo e quero conversar contigo sobre os fatores e vetores que me trouxeram até aqui.
Bora que bora?
Respiro fundo e mergulho na paz que excede todo o entendimento humano. Um pequeno filme passa em minha cabeça: momentos de choro, risos, angústias e alegrias. Lembro de alguns papos que tive com Deus, no qual disse:
Paizinho, eu amo oque eu faço, mas estou exaustaaaaa!!!
Parece que a cultura do cansaço atravessa a realidade dos paulistanos, principalmente das mulheres negras e periféricas que, por conta do racismo estrutural, enfrentam desafios mais profundos quando comparadas a outros atores da sociedade.
Mas antes que você ache que isso é papo de militante cansado, quero te convidar para abrir o coração e enxergar o mundo através da minha realidade.
Eu me sinto muito grata por tudo que estou vivendo. Tive oportunidades valiosas e sei que estou começando a colher o fruto de anos de estudos, trabalho e voluntariado. Trabalho MUITO, mas hoje consigo escolher as coisas que desejo colocar energia e me entrego de corpo e alma para transformar meu sonho em realidade: democratizar a pauta de sustentabilidade para as periferias e favelas do nosso Brasilzão.
Apesar de ser apaixonada pela minha rotina, ela tem um preço. Antes de vir para cá eu estava exausta: entregando mil demandas, dormindo pouco e me sentindo esgotada (até escrevi um artigo sobre isso, confira aqui).
Como disse Augusto Cury no livro O Futuro da Humanidade:
“Embora existe um estresse saudável que nos estimula a sonhar, a planejar, a enfrentar desafios, as sociedades modernas se tornaram fábricas de estresse doentio, que bloqueia a inteligência, obstrui o prazer, gera ansiedade, dores musculares, dores de cabeça, fatiga excessiva.”
Essa frase foi como um chacolhão na minha alma! Quantos de nós não estamos nos perdendo dentro da nossa própria rotina? Deveríamos deixar a maquiagem social de lado e ser intencional na combinação de sucesso profissional com a leveza do nosso ser.
Mas aí vem a pergunta de um milhão de dólares: COMO?
- dançando a valsa da diversão,
- observando os pequenos detalhes,
- se banhando na cachoeira do amor próprio,
- bebendo a água da fonte da espontaneidade e
- desenvolvendo sensibilidade para encontrar beleza no caos.
Para sobreviver nessa realidade caórdica (mistura de caos e ordem), às vezes precisamos fechar nossos olhos naturais para enxergar o mundo com os olhos do coração. Lembrar que se não é possível consertar o passado, pelo menos podemos construir o futuro assim que nos tornamos atores do presente.
A arte da vida é feita através da visão crítica na qual a felicidade se torna uma eterna construção. Não deveríamos normalizar a cultura do cansaço, na qual a insônia, estresse, ansiedade, crise do pânico e depressão se tornaram nossas parceiras diárias. Para enfrentar esse lugar, desejo ser como uma menina brincando no teatro da existência.
Querida leitora, desejo que o vento do prazer sopre sobre a sua vida e que você lembre todos os dias, que…
“… somos parte do problema e da solução. Seremos vítimas do futuro ou protagonistas de nossas histórias. O futuro da humanidade já começou.” (Augusto Cury)
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Amanda Costa é ativista climática, jovem conselheira do Pacto Global da ONU, fundadora do Instituto Perifa Sustentável e apresentadora do #TemClimaParaIsso?, um programa sobre crise climática. Formada em Relações Internacionais, Amanda foi reconhecida como #Under30 na revista Forbes, TEDx Speaker, LinkedIn Top Voices e Creator e em 2021 foi vice-curadora do Global Shapers, a comunidade de jovens do Fórum Econômico Mundial.