Olhares Negros

Reflexões do livro da Bell Hooks

Amanda da Cruz Costa
3 min readApr 16, 2021
“Conhecimento é o meu super poder.”

Oláaaa meu cuscuz com coco, quanto tempoooo ❤

Eu estava morrendo de saudades de escrever, estou vivendo uma correria maravilhosa e precisei separar alguns dias para digerir tudinnn.

Caso queira entender meu processo, leia os textos: #01 O Dia que eu decidi parar de ser trouxa; #02 O ano em que a minha vida mudou e #03 Como o Levi explodiu a minha mente.

Para não pirar, sempre recorri aos livros. Ler é a minha fuga, meu momento de paz e descoberta, uma atividade que encanta a minha alma e transborda o meu espírito! Recentemente li Olhares Negros, da Bell Hooks e diversos sentimentos borbulharam no meu coração. Bell é uma rainha MARAVILHOSA e todos os seres do universo deveriam ter acesso a sua literatura!

Separei algumas partes que vibraram forte aqui dentro e quero compartilhar com vocês. Espero que meus pensamentos ative a sua curiosidade e te encoraje a mergulhar no antirracismo :)

Descolonize sua mente e sua imaginação.” (Bell Hooks)

Por que adotar uma postura antirracista?

Queridos leitores, já que o racismo estrutural me atravessa todos os dias, decidi partilhar minhas aventuras rumo à descolonização e resistência. Esse artigo não é apenas um resumo do conteúdo que aprendi com a Bell, mas uma atitude corajosa de exposição da minha própria vulnerabilidade!

O sistema patriarcal capitalista de supremacia branca me fez desenvolver um olhar descolonizado como estratégia de sobrevivência. Desde que compreendi as dinâmicas neocoloniais que regem o nosso mundo, optei por desafiar as políticas de visibilidade, contestar as noções de representação e me posicionar contra a cultura imperialista de dominação.

“Estou construindo um mundo onde o protagonismo das mulheres negras não é utopia, mas realidade.”

Chega de naturalizar representações de raça que mantém a opressão, a exploração e a dominação das pessoas negras. O racismo não é apenas um desconforto a ser evitado, mas é um ato de opressão que deve ser confrontado! É necessário protestos, subversão e rebelião para transformar as estruturas de exploração que oprime as populações pretas e periféricas, além da criação de alternativas critícas e de visões plurais e complexas!

Amando minha negritude como resistência política

Num sistema onde a branquitude promove a submissão, amar a negritude é um ato de intervenção crítica, um gesto de auto amor que subverter a dominação racista!

“A subjetividade radical da mulher negra está enraizada numa determinação de nadar contra a corrente.” (Bell Hooks)

Estou fazendo mais do que compartilhar a minha realidade, estou te apresentando uma visão contra hegemônica. Como pensadora crítica, minhas palavras se tornaram contestação, resistência, revisão, questionamento e proposições em múltiplos níveis.

Contar a minha história é lutar contra a invisibilidade dos povos pretos. Desse modo, reconstruo, recrio e retorno para a celebração da negritude em toda a sua diversidade e complexidade. Vem comigo? :)

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Ecofeminista antirracista, Amanda é formada em Relações Internacionais, empreende o PerifaSustentavel, é colunista da Agência Jovem de Notícias, podcaster do Direto da Base e atua como mobilizadora de redes do Youth Climate Leaders. Liderança Forbes Under 30, Amanda tem o objetivo de mobilizar jovens para construírem um planeta inclusivo, colaborativo e sustentável, através das redes Embaixadores da Juventude da ONU, Global Shapers Community e United People Global.

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Amanda da Cruz Costa

#ForbesUnder 30 | Conselheira Jovem da ONU | Dir. Executiva do Perifa Sustentável