Força de vontade não funciona

“Se não criarmos e controlarmos nosso ambiente, nosso ambiente nos criará e nos controlará.” (Dr. Marshall goldsmith)

Amanda da Cruz Costa
5 min readMay 8, 2023

Bom dia minha lindeza climática 🌞

Já comentei contigo que um dos meus maiores sonhos é estudar fora, quero fazer o curso de mestrado de “Nature, Society and Environmental Governance”, da Universidade de Oxford.

O sonho é ousado, mas eu sou mais heheh.

Para alcançar esse objetivo preciso estudar, alinhar minha rotina para escrever as essays (redações) e priorizar as atividades que estão conectadas ao meu grande sonho..

No entanto, teoria é diferente de prática, né? Apesar de saber grande parte das atividades que preciso fazer, estava muitoooo difícil encontrar tempo para me dedicar ao básico (estudo do inglês, navegar na plataforma do curso escolhido, me jogar no universo de uma pré-aplicante-para-mestrado-internacional).

Apesar dos desafios, reconheço e valorizo que não parto da estaca zero. Tenho uma rede de apoio poderosa, passei no Programa Alcance, possuo fluência no inglês e dia após dia busco melhorá-lo: comprei um curso específico, leio livros em inglês e escuto o podcast Trials to triumph, da Ashley Baine.

Esses são alguns avanços, mas quero ser sincera contigo e mandar a real: estava difícil sentar a bundinha na cadeira e estudar de forma estruturada, a minha força de vontade não estava sendo suficiente.

Estava cansada, entregando um milhão de demandas e dormindo super pouco. Então decidi aproveitar uma viagem à trabalho que tinha para Recife e dei uma passadinha na cidade vizinha, em João Pessoa, com o intuito de descansar.

Fiquei encantada com a energia daquele lugar!

Fui acolhida por amigos, compartilhei desafios, fiz roles divertidos (samba, praia, restaurantes chiques) e voltei para São Paulo cheia de gás para mergulhar na preparação do meu sonho: estudar num mestrado internacional.

Inconscientemente, apliquei alguns princípios do livroForça de vontade não funciona”, do autor Benjamin Hardy, PhD e agora, mas atenta sobre esses processos, quero compartilhar contigo parte do que aprendi.

A real é que a nossa sociedade está doida, se perdendo em diversos vícios, como tecnologia, cafeína, alimentos de absorção rápida repleeeeto de carboidratos e em açúcares, e em trabalho. Todos esses vícios culturalmente aceitos se retroalimentam e nos colocam em situações de estresse constante e privação de sono. Em outras palavras, a maioria de nós está vivendo no modo sobrevivência.

Depois de ler o livro, percebi que a forma que vivemos é muito moldada pelo lugar que habitamos. Aqui em São Paulo, por exemplo, parece que a cultura do cansaço está na moda: trabalhar 12 horas por dia, emendar vários rolês no final de semana e encaixar uma atividade após a outra se tornaram parte do inconsciente coletivo.

Está na hora de parar e refletir!

Somos nós os responsáveis por escolher os ambientes que moldam quem desejamos nos tornar. E uma coisa é certa: eu não aceito me tornar alguém que normaliza o estresse, a insônia e o burnout!

Estou aprendendo a perseguir com determinação meus objetivos, mas também quero descansar sem sentir peso na consciência. Até porque o descanso faz parte do processo criativo, esse é o momento em que nos recuperamos e alinhamos nossa alma para habitar num estado de paz, calmaria e confiança.

“É enquanto descansa que você vai fazer seu trabalho mais produtivo. Vai ter as melhores ideias, os momentos mais importantes com pessoas importantes e obter clareza quanto a direção que deve tomar no trabalho e na vida.” (Benjamin Hardy).

Querida leitora, me conta uma coisa: você separa tempo de qualidade para sono, lazer, jejum, férias, oração, escrita, meditação e visualização? Todas essas atividades são essenciais para a recuperação do corpo e tem um impacto poderoso quando feitas de maneira constante. Primeiro precisamos partir do interno para depois ir para o externo. Tuuuuuudo, tudinho mesmo, é energia! Se o nosso ambiente interno estiver organizado, nosso ambiente externo também estará. Somos influenciados pelo meio, quer percebemos quer não.

Muitas vezes colocamos a Força de Vontade como eixo central da mudança. Apesar da mentalidade, atitude, autoestima, disciplina, determinação e foco terem um suuuuper impacto, eles não são suficientes para alcançarmos nossas metas. Ao contrário, o comprometimento real é terceirizar essas forças internas para um ambiente que as torne subconsciente e instintivas.

Faz sentido?

Certa vez, um jovem aluno certa vez perguntou a Epíteto como deveria agir em cada situação. Epíteto respondeu “será melhor dizer: faça com que a minha mente se adapte a quaisquer circunstância.”

A chave está na transformação dos ambientes, se não mudarmos o ambiente, o ambiente nos mudará!

O que está me ajudando nesse novo processo é intercalar períodos de trabalho com curtos períodos de pausas: viajar, fazer trilhas e aproveitar meu final de semana para desconectar são atividades que agora fazem parte da minha rotina.

Além disso, todos os dias faço meu ritual matinal: leio um livro, escrevo meus sentimentos, vou para a academia, tomo um banho geladinho e converso com Deus (leitura da Bíblia + meditação + visualização). Essa tem sido a minha fórmula mágica para ficar bem, fazer o bem e caminhar rumo ao meu grande objetivo: ter saúde mental para aplicar no mestrado na gringa.

Aprendi a ficar apenas com o que quero, valorizo e vai me fazer voar.

Querida lindeza climática, se você chegou até aqui é porque também está comprometida com seu sucesso. Todas nós temos um potencial enorme, mas às vezes precisamos daquela ajudinha básica.

Espero que essa conversa apoie seu processo, te faça refletir e chegar em lugares altos. Talvez você sinta um friozinho na barriga, mas lembre-se: Quando você toma uma decisão, o ambiente conspira para que ela aconteça.” (Ralph Waldo Emerson)

Agora se jooooga, garota! ❤

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Amanda Costa é ativista climática, jovem conselheira do Pacto Global da ONU, fundadora do Instituto Perifa Sustentável e apresentadora do #TemClimaParaIsso?, um programa sobre crise climática. Formada em Relações Internacionais, Amanda foi reconhecida como #Under30 na revista Forbes, TEDx Speaker, LinkedIn Top Voices e Creator e em 2021 foi vice-curadora do Global Shapers, a comunidade de jovens do Fórum Econômico Mundial.

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Amanda da Cruz Costa

#ForbesUnder 30 | Conselheira Jovem da ONU | Dir. Executiva do Perifa Sustentável