É possível ser santo?

Reflexões sobre o livro SANTIDADE, do Ed Rene Kivitz

Amanda da Cruz Costa
4 min readMay 17, 2023

Oi minha lindeza climática ❤

Hoje quero conversar contigo sobre uma parada bem profunda, que mexeu comigo durante muito tempo: santidade.

A real é que sou apaixonada por Jesus e quero investir a minha vida em servi-lo, alegrá-lo e desenvolver um relacionamento sério, sincero e divertido com meu amado. Mas confesso que nessa busca, ja me senti travada pelos rígidos padrões religiosos que prometiam me levar para o lugar de santidade.

Sabe aquele tal do:

  • Pode/Não Pode
  • Certo/Errado
  • Bem/Mal
  • Sagrado/Profano
  • Deus/Diabo

Porque resumimos a grandiosidade da vida numa dualidade esquisita?

Foi num momento de inflexão que pedi ajuda ao meu amigo Walter Pinheiro, mais conhecido como @teologolationo. Walter é pastor, teólogo, militante, comunicador e dono de um coração sincero, transparente e verdadeiro.

Num dos nossos papos, ele me indicou a pregação Os 7 pecados capitais — Lúxuria e o livro Santidade, do pastor Ed René Kivitz. Depois de refletir sobre a leitura, chegou o momento de dividir os aprendizados, reflexões e desconstruções que borbulharam em meu coração.

Bora?

Afinal de contas, oque é ser santo?

Essa é uma pergunta complexa, que por muito tempo gerou mais questionamentos do que respostas. Será que ser santo é…

  • ser bonzinho?
  • não falar palavrão?
  • obedecer pai e mãe?
  • ler a Bíblia todos os dias?
  • não fazer sexo antes do casamento?

Santidade não deveria ser reduzida a prática de atividades religiosas, um livro de regras ou um comportamento moralmente aceito pela igreja. A santidade é a experiência natural de se relacionar com o Deus da Eternidade.

“A maneira de encarar minha santidade não tem a ver com fazer tudo certo, satisfazer as expectativas de Deus, ou com estar sempre alumbrado e em estado de êxtase espiritual. A santidade implica jamais ser indiferente em relação a Deus. A santidade é essa profunda consciência de que Jesus está em mim. Ele está aqui. E não importa o que esteja fazendo, como me sinta ou o que pense, não conseguirei arrancá-lo de mim. Porque tenho com ele, e especialmente ele tem comigo, uma relação de amor.” (Ed René Kivitz)

Amigos cristãos, está na hora da gente amadurecer e superar a visão desagrado X profano”. Nosso Deus habita na ordem da totalidade: tudo passa a ser santo quando vivemos na presença do Santíssimo!

Para mim, santidade também se traduz numa relação de amor. Se amo a Deus, quero ficar pertinho, servi-lo e ser protagonista dos seus planos para a minha geração. Nesse relacionamento intímo, vejo a beleza de Jesus se manifestando: o prazer abunda e sua graça transborda! Experimento a delícia de ter o coração divino pulsando dentro de mim e a luz da sua bondade, serenidade e compaixão reflete em minha alma.

Sabe quando seu coração bate forte e você fica sem folêgo, alumbrado, encantado?

Então, é esse tipo de vida que desejo desenvolver com meu Criador, ser alvo do amor de um Deus que me maravilha todos os dias. Essa é uma sensação maluca, que me leva sempre para um paradoxo: sou pó da terra mas também sou filha amada.

“A santidade bíblica é esse trânsito entre pó e cinza e atrevimento. Uma tradição dos rabinos de Israel diz que todo judeu deveria andar com duas notas, uma em cada bolso. No bolso esquerdo, carregaria um bilhete com os dizeres: ‘Por minha causa o universo foi formado’. E, no outro bolso, o seguinte lembrete: ‘Eu não passo de pó e cinza’.”

Santidade como estilo de vida

A santidade tem a ver com a experimentação do tanto de amor que Cristo tem por nós. Quando somos inundados por esse amor, tudo passa a ser santo: ir a igreja, comer sushi, postar foto no instagram, ler a Bíblia, passear no parque, trabalhar, servir na igreja, tomar sorvete, orar… Santidade é uma vida relacionada diretamente com Deus!

Não há um momento, por mais corriqueiro ou trivial que seja, que Deus não queira estar conosco e partilhar da sua presença. Ele é bom e deseja nos dar a graça da sua boa companhia!

Lembre-se: mais que um padrão de contuda, santidade é um tipo de coração. Um coração quebrantado, que conhece sua própria insuficiência e busca suplemento na graça e providência divina! Quando desenvolvemos a verdadeira santidade, passamos a viver com tremor, temor e amor diante de Deus.

Se todo esse papo for difícil de entender, está tudo bem, viu?

Santo Agostinho já mandou a letra: “se nós entendemos, é porque não é Deus”. Deus é grandioso demais para caber nas nossas cabeças, Ele não se encaixa na pequenez das nossas representações mentais, nos afetos subjetivos, nas lógicas morais ou nas confissões doutrinárias.

Lindeza climática, espero que você receba essas palavras com amor. Oro para que o Espírito Santo se revele ao seu coração, que Jesus limpe toda religiosidade que um dia te feriu e que você possa desenvolver um relacionamento íntimo, diário e verdadeiro com Deus ❤

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Amanda Costa é ativista climática, jovem conselheira do Pacto Global da ONU, fundadora do Instituto Perifa Sustentável e apresentadora do #TemClimaParaIsso?, um programa sobre crise climática. Formada em Relações Internacionais, Amanda foi reconhecida como #Under30 na revista Forbes, TEDx Speaker, LinkedIn Top Voices e Creator e em 2021 foi vice-curadora do Global Shapers, a comunidade de jovens do Fórum Econômico Mundial.

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Amanda da Cruz Costa
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Written by Amanda da Cruz Costa

#ForbesUnder 30 | Conselheira Jovem da ONU | Dir. Executiva do Perifa Sustentável

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