Reflexões sobre os livros de Rick Chesther
“Pega a visão e Escolha seu difícil"
Olá minha lindeza climática ❤
Essa semana li o livro do Rick Chesther, aquele cara que ficou famoso em maio de 2018 por trazer uma visão empreendedora na venda de águas nas praias do Rio de Janeiro, lembra?
A vida dele mudou depois que o vídeo viralizou. O empresário Flávio Augusto entrou em contato com ele e disse que foi impactado pelo vídeo e gostaria de apoiá-lo em sua carreira. Daí o menino voou: foi de vendedor ambulante a palestrante e autor de livros sobre mentalidade empreendedora!
Os livros são provocativos, interessantes e bem gostosinhos de ler. Confesso que o primeiro me incomodou bastante, pois senti a naturalização da pobreza e a hipervalorização da meritocracia. O autor começa a narrativa dizendo que se tornou empreendedor aos 8 anos pois cultivava uma hortinha em seu quintal e vendia os alimentos para comprar carne.
Eu sempre admirei histórias de superação, mas não dá para bater palminha para a normalização da pobreza né. Precisamos ter criticidade e fazer nossas leituras a partir dos filtros de classe, gênero e raça. Chesther, por exemplo, vivia numa situação de extrema insegurança alimentar e ao invés de brincar, ele tinha que trabalhar para poder comer carne!
Masssss, senti que sua visão mudou no segundo livro, no qual ele reconheceu parte das injustiças que passou, abordando com mais firmeza as crueldades que viveu durante a infância.
“A desigualdade me levou a abrir mão disso (brincar) para ajudar em casa.” (Rick Chesther)
É gata garota, se o primeiro livro me deixou agoniada, a segunda leitura me trouxe alívio. Não me leve a mal, eu também sou empreendedora e vim de um contexto de vulnerabilidade social. Sei que o empreendedorismo abre portas, mas não dá para generalizar a frase “quem quer consegue” e achar que o esforço individual é o único fator necessário para conquistar a tão sonhada sustentabilidade financeira. Existem muitas variáveis que influenciam esse jogo.
Mas bem, agora que eu já abri meu coração e compartilhei meus incômodos contigo, posso falar sobre o livro. Uma das mensagens que mais me pegou foi: Estabilidade não existe.
Nesse mundo doido, muitos de nós somos ensinados a passar numa boa faculdade, prestar concurso público e financiar uma casa em 30 anos, com o intuito de alcançar estabilidade. Balela! É só vir uma crise para chacoalhar todas as bases que montamos e mostrar que a única certeza é a incerteza. Na vida real, precisamos desenvolver resiliência, aprender a plantar e colheremos no tempo certo.
Em seu livro, Rick fala da Lei da Semeadura, que de acordo com o autor, “quem planta inevitavelmente vai colher. Mas não se esqueça de que, depois de plantar, você precisa cultivar o que plantou, caso contrário sua horta vai se transformar em um matagal, e o matagal não dará fruto.”
São nossas escolhas que determinam nossos resultados, é necessário criarmos nossas oportunidades para fazer as coisas acontecerem. Às vezes a caminhada fica puxada e queremos desistir. Mas leitora, grava uma coisa que aprendi: quem tá cansado descansa, não desiste. Em vez de chutar o pau da barraca e jogar tudo para o ar, devemos simplesmente pausar, relaxar, respirar fundo e acreditar que vai dar certo. Assim conseguiremos reunir forças e seguir adiante.
Nesta jornada, a gratidão é um dos maiores segredos do sucesso. Olha que potente essa frase do Rick:
“Enquanto vocês pedem a Deus para aliviar o peso do fardo, eu agradeço a Deus por ter o fardo e peço apenas que ele dobre a força dos meus ombros.”
É minha querida leitora, foram leituras provocativas, que me fizeram questionar e refletir. Espero que esse breve artigo possa te encorajar a comprar o livro e tirar as suas próprias conclusões sobre o conteúdo.
Agora é contigo, tome sua decisão. Afinal de contas, eu sou apenas uma mensageiro aprendiz ❤
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Ativista climática, jovem conselheira do Pacto Global da ONU e fundadora do Instituto Perifa Sustentável. Amanda Costa é formada em Relações Internacionais, é Embaixadora Cultural dos EUA (IVLP — International Valuable Leadership Program) e Jovem Consultora do British Consul (Climate Skills e #90YouhVoices — UK). Reconhecida como #Under30 na revista Forbes, é TEDx Speaker, LinkedIn Top Voices, LinkedIn Creator e já participou de 5 conferências oficiais das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, sendo elas COP 23 — Bonn (Alemanha), COP 24 — Katowice (Polônia), COP 26 — Glasglow (UK), COP 27 — Sharm El Sheik (Egito), COP 28 — Dubai (Emirados Árabes). Em 2024, Amanda foi a delegadada brasileira convidada pelo governo de Moscow para participar do BRICS Green Cities Forum, em Moscow — Rússia.