O poder dos ciclos femininos

Reflexão do livro da Kareemi

Amanda da Cruz Costa
5 min read4 days ago

Olá minha lindeza climática ❤

Você já ouviu falar que livros são chamados?

Eu acredito muitoooo nisso! Algumas vezes tentei ler um livro maravilhoso, mas sentia que ainda não estava preparada… Por mais que eu tentasse, me esforçasse, me obrigasse a ser disciplinada, parecia que a leitura não fluia… O oposto também é verídico: tem livros que simplesmente caem no nosso colo e devoramos rapidamente!

Foi assim que o livro da Kareemi chegou até mim. Eu tinha acabado de ler os livros da Kenia Gama (Mulher Brilhante e Desperte a Mulher Rica Que Existe em Você) e recebi a indicação do próprio Kindle ao final da leitura. Li a sinopse, achei interessante e decidi comprar o livro.

Agora quero compartilhar alguns aprendizados que tive com a leitura. Bora que bora? =)

Entre trabalho, casa e família, que energia sobra para olharmos com atenção para nosso corpo e alma? (Kareemi)

A autora começa a obra com uma reflexão profunda sobre como nós mulheres, muitas vezes nos perdemos neste mundo maluco de individualidade, produtividade e metas. Ela traz uma abordagem histórica de como as mulheres originárias viviam, fazendo um recorte especial sobre as fases da lua, da maré e do nosso ciclo menstrual.

Nada na nossa vida acontece por acaso. Seja uma cólica, uma TPM forte ou até mesmo uma doença ginecológica. Kareemi trabalha com a Ginecologia Emocional e nos convida a olhar para os nossos processos a partir de um olhar mais profundo do que as medidas paliativas reconhecidas pela cultura pós-moderna.

“A dor nos convida a olhar para o amor. A doença, para a cura. A morte, para a vida. Aceitar o que quer que chegue e não possa ser mudado nos permite viver em comunhão com a beleza de existir.” (Kareemi)

Falar sobre o ciclo menstrual ainda é tabu.

Querida leitora, a TPM não precisa ter toooodo aquela conotação negativa de “Tensão-Pré-Menstrual”, podemos ressignificá-la para “Tempo-Pra-Mim” ou “Tempo-Pra-Meditar”. Esse é um período que o nosso corpo nos pede quietude, reflexão e introspecção, e quando nos permitimos olhar para o nosso ciclo em sua plenitude, iniciamos uma jornada de auto amor a autoconhecimento com nós mesmas.

A real é que o nosso corpo fala o tempo todo. Ele nos avisa quando algo não está bem na nossa vida, no nosso coração e também na nossa alma. Nossa missão é reaprender a escutá-lo. De acordo com Kareemi, “precisamos desacelerar, aprender a respeitar o tempo do nosso corpo e, sobretudo, entender que o autoconhecimento cíclico é uma ferramenta poderosíssima e única na vida de cada mulher.”

Perceber o quanto nosso corpo é sábio, divino, inteligente nos ajuda a mantê-lo bem e saudável. Nosso despertar e reconexão com a energia feminina começa pela observação do nosso corpo:

  • Lua Nova: o início do ciclo; começa ao menor sinal visível de que a menstruação vai chegar (borras de sangue ou fluido vaginal rosado, por exemplo);
  • Lua Crescente: inicia ao término do período menstrual; quando o corpo entra na fase pré-ovulatória e não existem mais vestígios de sangue ou desconfortos, como cólicas, enxaquecas e outros sintomas físicos referentes ao seu período menstrual. Ao final da sua Lua Crescente, você já vai perceber indícios (biológicos e psíquicos, de acordo com seu nível de autoconhecimento) de que o período fértil já começou;
  • Lua Cheia: o período fértil evolui, e nesta fase acontece a ovulação. É quando a fertilidade está em alta, percebemos o muco cervical e nos sentimos com mais energia, disposição e libido;
  • Lua Minguante: terminada a ovulação e todo o período fértil, esta é a fase final do ciclo, quando o corpo se prepara para o próximo. É nesta fase que algumas mulheres podem sentir os incômodos da TPM.

Querida leitora, o que lhe impede de se amar e se aceitar?

“O despertar do poder da mulher e a reconexão com a energia feminina começa pelo corpo.” (Kareemi)

Quando mudamos nosso olhar e começamos a entender que o corpo é um instrumento que possibilita a nossa existência neste mundo — ele é o portal pelo qual experimentamos a vida –, começamos a olhar para ele como algo sagrado, divino e nos tornamos mais abertas a nos aceitar.

Embora nos últimos anos tenha crescido o movimento que trata da aceitação dos corpos reais, ainda há uma forte propagação dos estereótipos de corpos perfeitos reforçados pela mídia, estimulando serviços estéticos como botox, Lipo Led, preenchimento labial, mega hair, dietas malucas, etc. A busca por uma padrão de beleza inalcançável pode levar muitas mulheres a constante comparação e profundo descontentamento com seus próprios corpos.

O que você sente quando encara o seu reflexo nu?

O meu, o seu e qualquer outro corpo, independentemente da forma estética, carrega em si a divindade e merece toda a nossa gratidão. Quando aprendemos a praticar a gratidão, experimentamos os três As: amor-próprio, autoestima e autoconfiança.

Você é a sua própria cura, gata garota! E sabe o que é poderoso nessa história toda? Quando nos curamos, ajudamos aquelas que estão ao nosso redor a se curarem também! Vou deixar com vocês um exercício de autoamor potente que Kareemi compartilhou no livro:

Olhe para si mesma no espelho, todos os dias, e repita o seguinte mantra: (Seu nome) , você é perfeita como é. Você é linda, você é perfeita. Você é uma mulher. A partir do momento em que você se ama, também transmite amor, e as pessoas vão amá-la da maneira que você merece: com respeito, acolhimento e sinceridade. Você está pronta para mostrar ao mundo quem você é. Você merece se sentir confortável em todos os espaços e ambientes em que estiver. Seu corpo é digno do seu amor. Você tem as respostas para as mensagens que seu corpo traz. Você é linda, porque é única. Você é perfeita do jeitinho que é.

Lembre-se, atraímos aquilo que vibramos. Vibra o amor e desfrute da paz, alegria e sabedoria que esse sentimento tão grandioso carrega por aí!

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Ativista climática, jovem conselheira do Pacto Global da ONU e fundadora do Instituto Perifa Sustentável. Amanda Costa é formada em Relações Internacionais, atua como Embaixadora Cultural dos EUA (IVLP — International Valuable Leadership Program) e Jovem Consultora do British Consul (Climate Skills e #90YouhVoices — UK). Reconhecida como #Under30 na revista Forbes, é TEDx Speaker, LinkedIn Top Voices, LinkedIn Creator e já participou de 5 conferências oficiais das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, sendo elas COP 23 — Bonn (Alemanha), COP 24 — Katowice (Polônia), COP 26 — Glasglow (UK), COP 27 — Sharm El Sheik (Egito), COP 28 — Dubai (Emirados Árabes), COP29 — Baku (Azerbaijão). Em 2024, Amanda foi painelista no BRICS Green Cities Forum, em Moscow — Rússia.

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Amanda da Cruz Costa
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Written by Amanda da Cruz Costa

#ForbesUnder 30 | Conselheira Jovem da ONU | Dir. Executiva do Perifa Sustentável

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