Columbia Women’s Leadership Network
Programa de formação de lideranças femininas da Columbia University
Olá minha lindeza climática ❤
Tenho um babado fortíssimo para te contar: fui aprovada na sexta turma do Columbia Women’s Leadership Network \o/
Esse é um programa de desenvolvimento de lideranças da Columbia University voltado para mulheres de diferentes partes do mundo. Ele oferece uma combinação de treinamentos, mentorias e networking para fortalecer mulheres líderes nas áreas de negócios, políticas públicas, ativismo e inovação social. Eu estou feliz demaissss por saber que, em meio a 450 inscrições, fui umas das 30 selecionadas!
Baita reconhecimento, né? ❤
Nos próximos meses, terei acesso a:
- Workshops de liderança com especialistas da Columbia University.
- Mentoria com líderes globais para fortalecer minha trajetória profissional.
- Troca de experiências entre mulheres de diferentes contextos e países.
- Acesso a uma rede poderosa de ex-alunas e líderes referências.
O primeiro encontro ocorreu nos dias 20 e 21 de fevereiro, no Rio de Janeiro. No primeiro dia, tivemos uma tarde dinâmica com palestra, painel e um coquetel de integração. Já no segundo dia, mergulhamos em uma imersão profunda sobre Racismo e Branquitude no contexto brasileiro, explorando o papel das lideranças na promoção da diversidade e inclusão, em uma facilitação conduzida pela professora Suzana Barbosa.
Tá curiosa para saber o que rolou? Bora comigo que vou te contar meus aprendizados!
Primeiramente, é potente demais estar no meio de tantas mulheres F-O-D-A-S! Mas não ache que tudo flores, constantemente penso:
O que que to fazendo aqui? Eu só tenho 6 anos! 😂
Brincadeiras à parte, acredito muitooooooo no poder das redes, conexões e do networking. Sei que o desenvolvimento passa pelo aprendizado coletivo e que podemos acelerar nosso crescimento quando estamos cercados por pessoas que são referências em suas áreas de atuação.
Bom, o primeiro dia começou com uma palestra da Grazi Mendes, com o tema “Qual é a mudança que o seu movimento alcança?”. Grazi é uma executiva brasileira com mais de 20 anos de experiência no mercado de tecnologia, reconhecida pela ONU como uma das 100 futuristas afrodescendentes mais influentes do mundo por sua atuação em diversidade, equidade e inclusão.
Ela começou o papo falando sobre a importância de transitarmos nos espaços através das múltiplas plataformas e contou que atua como consultora da Thoughtworks, é professora da Dom Cabral, Colunista do MIT e Ativista através do Voa Papagaio, um projeto que oferece à juventude periférica oportunidades de ingressar no ensino superior.
Que muuuulher, meus amigos!
Por muito tempo eu mesma tive dificuldade de me auto-definir, pois faço atividades diversas: sou ativista climática, diretora do Instituto Perifa Sustentável, Consultora Jovem em Mudanças Climáticas do British Council, Jovem Embaixadora da ONU e Jovem Conselheira do Pacto Global da ONU. Também sou palestrante, escritora e uma eterna aprendiz! Depois de escutar a Grazi, senti um pouquinho mais de paz no coração, como uma certeza de que estou vivenciando o meu caminho, a minha jornada.
Em sua palestra, Grazi trouxe algumas perguntas provocadoras, como:
- Você tem honrado os dons que recebeu?
- Como você deseja ser lembrada?
- Qual futuro está construindo?
Pois é, gata garota! Devemos utilizar a imaginação radical, isto é, visualizar as coisas não só como elas são, mas como elas deveriam ser. Isso caracteriza o nosso direito de sonhar e a partir dele, podemos criar o futuro desejado.
“O futuro cria o presente. A forma como imaginamos o futuro muda nossas ações no momento presente.” (Grazi Mendes)
Ao final de sua palestra, Grazi nos presenteou com seu livro “Ancestrais do Futuro: qual a mudança que seu movimento alcança?”, publicado em 2024. Foi um momento mágico, especial e muitoooo inspirador. Sabe quando voce olha para alguém e pensa: “Essa pessoa me mostrou um pedacinho do que posso me tornar”? ❤
Já no nosso segundo dia contamos com um aulão da professora Suzana Barbosa, que tinha como objetivo nos apresentar uma leitura crítica do Brasil, trazendo a perspectiva de raça para o centro do debate.
Suzana começou a aula mostrando os pilares de diversidade que atualmente são considerados, como: Condição de deficiência; Idade; Orientação sexual; Identidade de gênero; Gênero e Raça. A partir de então, entramos numa viagem profunda para compreender como o Brasil consolidou uma estrutura de poder na qual o racismo hierarquizou determinados grupos sociais.
Como as desigualdades sociais são perpetuadas?
- Processo de colonização: escravidao e manutenção de instituições pouco inclusivas;
- Processos economicos neutros do ponto de vista racial, mas que são mais presentes entre a população em condições socioeconomicas mais frágeis (processos que afetam a ascenção economica de brancos e negros);
- Provisão diferencial de bens públicos favorecendo mais a população branca, com viés racial explícito ou implícito;
- Discriminação racial direta (evidenciada pela comparação com a população branca de origem socioeconômica similar).
Neste sentido, a ideia central do racismo é destituir pessoas racializadas da sua humanidade. Se queremos construir um Brasil mais justo e inclusivo, pessoas brancas precisam entender a branquitude como um lugar de poder, superar o lugar da culpa/vergonha e reconhecer a necessidade de reparação, se tornando aliadas na luta antirracista.
“Educar, agir e transformar para conseguir chegar na reparação.” (Suzana Barbosa)
É gata garota, esse é um baitaaaaa programa! O módulo II será em Nova York e eu estou suuuuper animada para essa próxima temporada. Me acompanhe no Instagram e no LinkedIn que vou compartilhar os babados tudinho com vocês! ❤
Ativista climática, jovem conselheira do Pacto Global da ONU e fundadora do Instituto Perifa Sustentável. Amanda Costa é formada em Relações Internacionais, atua como Embaixadora Cultural dos EUA (IVLP — International Valuable Leadership Program) e Jovem Consultora do British Consul (Climate Skills e #90YouhVoices — UK). Reconhecida como #Under30 na revista Forbes, é TEDx Speaker, LinkedIn Top Voices, LinkedIn Creator e já participou de 5 conferências oficiais das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, sendo elas COP 23 — Bonn (Alemanha), COP 24 — Katowice (Polônia), COP 26 — Glasglow (UK), COP 27 — Sharm El Sheik (Egito), COP 28 — Dubai (Emirados Árabes), COP29 — Baku (Azerbaijão). Em 2024, Amanda foi painelista no BRICS Green Cities Forum, em Moscow — Rússia.